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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
PM ocupa comunidades de Mesquita
MESQUITA - A Polícia Militar ocupa por tempo indeterminado quatro comunidades de Mesquita, na Baixada Fluminense. O reforço acontece após dois confrontos entre milicianos e traficantes ocorridos nas últimas três semanas. Os ataques, em Edson Passos e no Alto Uruguai, deixaram um morto e nove feridos.
Segundo a PM, enquanto bandidos de uma facção do Rio tentam formar um complexo do tráfico na Chatuba, no Alto Uruguai, na Coréia e no Morro da Caixa d' Água, já na divisa com Nova Iguaçu, grupos de milicianos tentam barrar o projeto.
O último confronto, na noite de domingo, acirrou a disputa entre as quadrilhas. Na ocasião, Alessandro da Silva, miliciano conhecido como Barriga, foi executado por pelo menos 10 homens fortemente armados, no Alto Uruguai. Na Rua Caimiri, local do ataque, quatro pessoas ficaram feridas. É lá que está a base da ocupação, com três viaturas.
— Desde domingo, muitas denúncias têm chegado ao batalhão. Todas dando conta de que bandidos de fora, principalmente do Chapadão (em Costa Barros, no Rio) tentam ocupar as quatro comunidades. Decidimos permanecer nelas 24 horas por dia, nos revezando em quatro turnos — diz o tenente-coronel Marcus Vinícius dos Santos Amaral, comandante do 20º BPM (Mesquita).
Na manhã desta quinta-feira, o comandante fez um mapeamento da região. Veículos, casas abandonadas e moradores foram revistados durante a operação, mas ninguém foi preso. Pontos de observação e de fuga foram identificados pelos policiais, que se posicionaram em lajes para observar as comunidades.
— Temos muito medo de que bandidos do Chapadão venham para cá. São informações que tenho acompanhado com apreensão nas redes sociais. Os que são daqui já desrespeitam a gente. Imagina os que vêm de fora? — comentou um morador da Coreia, que pediu para não ter o nome divulgado.
No Alto Uruguai, outro morador comentou que tem visto pessoas estranhas na região circulando armadas na comunidade:
— Estão dizendo que são do Chapadão.
Pelos muros da Coréia, pichações como "Bala no 20" e "Vai morrer milícia" são o retrato da realidade do local: bandidos se enfrentam enquanto policiais tentam combater quadrilhas rivais.
Via: Extra