NOVA IGUAÇU - Criminoso teria sido retirado de dentro de casa por grupo de extermínio. O objetivo era pedir resgate. Tráfico toca o terror e mantém população acuada com a onda de assaltos em duas das principais vias da cidade.
Um sequestro acabou de formar imprevisível em Nova Iguaçu. A vítima, que seria chefe do tráfico de drogas da comunidade Aymorés, foi executada antes do planejado e em praça pública no começo da madrugada do dia 16 de maio.
Identificado apenas como Eduardo, o Dudu, o criminoso conhecido como Madeira, foi retirado de dentro de casa por homens fortemente armados, que seriam integrantes de um grupo de exterminio que atua no Bairro Marco II, que teria a participação de policiais militares, também em Nova Iguaçu. Ele teve as mãos amarradas e depois colocado no banco de trás de um veículo Palio Verde.
Segundo informações obtidas pela reportagem, o carro, que não consta como roubado no sistema do Detran-RJ, levava três bandidos, além de Dudu. O grupo seguiu em direção a Avenida Abílio Augusto Távora (Estrada de Madureira), percorrendo uma distância de 10 quilômetros, até chegar em Cabuçu.
Ainda de acordo com uma testemunha, era por volta da meia-noite quando o veículo estacionou ao lado da praça do bairro. A região, que concentra um grande número de bares, estava lotada de frequentadores, Madeira teria aproveitado um descuido do grupo, que o mantinha deixado o Palio para lanchar, e conseguido fugir.
VÍTIMA SE REFUGIOU EM PIZZARIA LOTADA
Ele se refugiou dentro de uma pizzaria localizada na Rua Otávio Teixeira Leite. Ao perceber que o traficante havia deixado o carro, um dos homens foi em sua perseguição, alcançando-o dentro do estabelecimento. Diante dos clientes que lotavam o local, o sequestrador ordenou que ele retornasse para o veículo. Aterrorizando, a vítima resistiu, afirmando que o grupo iria matá-lo. Como não conseguiu concencê-lo, o bandido que estava armado segurou pelo colarinho de Dudu e fez vários disparos de pistola à queima-roupa, atingindo-o na cabeça. Ele morreu na hora.
De acordo com relatos, os homens que tinham outros dois veículos dando cobertura na ação, teriam feito uma parada em Cabuçu obedecendo ordens determinados por um dos chefes que pediu para não ser identificado, a venda de entorpecentes no Aymorés é comandada pelo traficante conhecido como 'Furacão', pertecente a facção TCP (Terceiro Comando Puro), que atua em Parada de Lucas, Subúrbio do Rio.
Segundo uma denúncia, três integrantes do grupo suspeito de sequestrar Dudu seria um homem conhecido como Correl, outro identificado como Germano e o terceiro chamado Rafael Cabeça.
CÂMERAS DE VIGILÂNCIA NÃO GRAVARAM AÇÃO
Na última quinta-feira, agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, que investigam o caso, estiveram no local da execução em busca de câmeras de vigilância que possam ter gravado a execução.
No estabelecimento não registrou a ação. A reportagem ligou para especializada na tentativa de obter mais informações sobre o crime, mas até o fechamento desta reportagem foi informado pela sala de plantão que o delegado responsável pela unidade não se encontrava na unidade.
Via Jornal Hora H
Por Antônio Carlos
02/06/2015