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terça-feira, 22 de junho de 2021
Destaques LGBTQIA+ recebem Prêmio Cidadania Respeito e Direito à Diversidade
Dia 28 de junho, data em que é celebrado o Dia internacional do Orgulho LGBT, seis ativistas do movimento, no Rio de Janeiro, serão homenageados pela Deputada Enfermeira Rejane ( PCdoB) com o Prêmio Cidadania Respeito e Direito à Diversidade.
O Prêmio entregue pela primeira vez em 2019, depois uma longa batalha pela aprovação na Alerj, após resistência de deputados conservadores.
“ Resistência que faz parte do dia a dia da população LGBTQIA+, resistência às agressões, violências verbais e físicas. As pessoas querem respeito, inclusive e principalmente dos legisladores que devem prezar pela pluralidade em uma Casa democrática”, diz a deputada Rejane.
De acordo com a Deputada, os homenageados com Prêmio representam todos aqueles que com força, garra e muita determinação combatem o preconceito de gênero, defendem a diversidade de todas as orientações sexuais, lutam pela visibilidade, por oportunidades no mercado de trabalho, por inserção social e prezam pelo diálogo!
Serão homenageados em 2021,
Sharlene Rosa, é mulher trans, precursora do ativismo lgbti+ há 30 anos em Duque de Caxias, na Baixada fluminense. Fundadora do GPD – Grupo Pluralidade e Diversidade, ong responsável por diversas ações em prol da comunidade lgbti+. Ajudou na construção do programa “ RIO SEM HOMOFOBIA”, atual “RIOS SEM LGBTIFOBIA”. É coordenara do centro de cidadania baixada, desde 2011, onde atende com orientação jurídica, psicológica e serviço social à população lgbti+ de vários municípios da baixada e de Petrópolis, na região serrana. Reconhecida por sua atuação, SHARLENE ROSA tem seu reconhecimento em todo estado do Rio de Janeiro. Foi locutora da FM O DIA e a criadora da terceira maior parada lgbti+ do Brasil.
Gisela Carvalho ( Gisela Queiroz ) lésbica, feminista, terapeuta ocupacional, criadora do “Resiliência - Espaço cultural e atelier”, na Vila da Penha, zona norte do Rio. O espaço leva esse nome devido a sua trajetória como mulher negra, lésbica, e vítima do assédio que a levou ao desemprego. Por sofrer de gonartrose bilateral ( tipo de artrose nos dois joelhos ) não conseguiu mais retornar ao mercado de trabalho, daí nasceu o “Resiliência”, um lugar para mulheres. Ao longo do tempo, Gisela Queiroz fez do espaço um local de acolhimento, afeto e segurança para o universo lésbico, além de oferecer palestras, cultura e arte. Apesar das complicações de saúde, nunca deixou de lutar pelas causas lésbicas feministas.
Diana Rodrigues, mulher trans periférica,professora de inglês e literatura, Diana abriu discussões sobre a transexualidade na área de literatura em seus espaços de atuações. Costuma manter seus debates no âmbito acadêmico, que inclui as narrativas trans e o *pajubá ( dialeto da linguagem popular, proveniente de línguas africanas ocidentais, usado na comunidade lgbt, sinônimo de resistência.
Pedro Fernandes, deficiente físico ( cadeirante ), formado em marketing, ator e estudante de serviço social. Morador de Petrópolis, Pedro Fernandes tem um duplo desafio: ser uma pessoa com deficiência e gay. Ele nasceu prematuro aos 05 meses e a falta de oxigenação no cérebro durante o parto lhe causou a paralisia. Pedro é palestrante sobre diversidade e sexualidade de pessoa com deficiência. Formado em artes dramáticas, Pedro, além de ator, dirige e produz peças teatrais.
Adriane das Neves , lésbica, preta, de matriz africana, doutora em saúde coletiva, Enfermeira, Professora, especialização em gênero, sexualidade e direitos humanos; coordenadora da UNEGRO DIVERSIDADE , em Duque de Caxias; coordenadora da Aliança nacional lgbti+ , também no município de Caxias. Adriane das Neves é estudiosa e referência em saúde sexual e reprodutiva de mulheres lésbicas.
Neno Ferreira, presidente da “ONG AGNIM” de direitos humanos, em Nova Iguaçu, fundada em 1988. Um dos ativistas mais antigos da baixada fluminense, premiado com a “medalha da Confraria brasileira de cultura” , entidade acadêmica signatária do pacto global da ONU, pelos serviços de cultura e ao destaque as causas sociais. Idealizador das paradas lgbt de Nova Iguaçu e Mesquita, essa última considerada a parada que mais conta com a participação de famílias não lgbts.
Em 2020 não houve edição do Prêmio devido à pandemia, sendo retomado este ano, em formato virtual.
A solenidade poderá ser acompanhada pelo canal youtube/deputadaenfermeirarejane, a partir das 10 horas, na segunda-feira, 28 de junho.