NOTICIAS SOBRE A BAIXADA.

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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Motoristas da Baixada cobram acessos na Dutra e governo estuda mudanças

Falta de acesso à pista central e laterais engarrafadas na Dutra Foto: Cléber Júnior

RIO/ BAIXADA - Por pouco, o empresário Alexander Olivar Couto, de 40 anos, não se perde na Rodovia Presidente Dutra. Dirigindo para Belford Roxo, ele quase perdeu a saída para a pista lateral, na altura do bairro Rancho Novo, em Nova Iguaçu. Ao perceber o erro, na última quinta-feira, voltou de ré, porque a agulha mais próxima seria 15 quilômetros depois. Como muitos motoristas que se deslocam pela via, ele reclama do número insuficiente de acessos entre pistas e para os municípios da Baixada:

— Não há saídas nem sinalização avisando quando é o último acesso para chegar às cidades — queixou-se.

Um pacote de melhorias previsto no Programa de Investimento em Logística do governo federal pode ser a solução para a reclamação de Alexander. O estado e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) discutem com os municípios as intervenções na Dutra, que receberá R$ 2,5 bilhões para o trecho da Baixada, na nova descida na Serra das Araras e no trecho no Vale do Paraíba.
O investimento será feito pela CCR Nova Dutra, cujo contrato para administrar a via é de 25 anos, terminando em 2021. Em contrapartida aos investimentos, a concessão seria prorrogada por tempo ainda incerto. O pedágio não será reajustado.

O secretário estadual de Transportes, Carlos Osorio, planeja aumentar o número de agulhas. A previsão é que as obras comecem no primeiro semestre do ano que vem.

Acesso leva 50 minutos

Na última semana, o secretário estadual de Transportes, Carlos Osorio, reuniu-se com representantes de São João de Meriti, Mesquita, Belford Roxo, Nova Iguaçu, Queimados e Paracambi para definir as prioridades para a Via Dutra:

— Estamos fazendo a coordenação junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres para que os investimentos selecionados tenham o maior impacto para o morador da Baixada — afirmou.

Um dos municípios mais prejudicados pelos engarrafamentos da Dutra é Belford Roxo. Em razão dos poucos acessos para as faixas centrais, o tráfego fica mais intenso nas laterais. Acrescente-se a isso, a necessidade de interromper o trânsito na altura do viaduto toda vez que o trem passe. Nessas ocasiões, segundo o prefeito de Belford Roxo, Denis Dauttman, os motoristas levam, da Dutra até a entrada do município, 50 minutos. Dauttman afirma que os problemas viários prejudicam o desenvolvimento econômico da cidade:

— É uma briga antiga nossa. Não ter vias de acesso atrapalha muito para trazer novos empreendimentos. A população fica revoltada.

O presidente da Câmara de Vereadores do município, Markinho Gandra (PDT), reclama da falta de alternativa:

— Temos poucas saídas da cidade na Dutra e nenhuma para o Arco Metropolitano.

Propostas de melhorias

Viadutos: A ideia é duplicar os viadutos de Mesquita e Queimados.

Pistas: Pistas laterais deverão ganhar mais faixas de rolamento.

Passarelas: A meta é ampliar o número. Distância é de cerca de 3 km entra elas.

Alças de acesso: Motoristas pedem mais saídas para os municípios.

Mergulhão: Prefeitos debatem a construção de mergulhões que serviriam também para a passagem de pedestres e ciclistas da região.

Iluminação: Tanto na via como nos pontos de ônibus, deve ser ampliada.

Pontos de ônibus: Pedestres reivindicam abrigos na via.

Via: Extra