Dois jovens foram encontrados mortos na linha do trem entre as estações Presidente Juscelino e Mesquita, na Baixada Fluminense, nesta quarta-feira. Felipe Miranda, de 21 anos, parecia ter marcas de tiro na cabeça. Já a menina, de 16, foi atropelada por uma composição e parte de seu corpo estava dilacerado.
Moradores contaram que ouviram tiros no início da madrugada desta quarta-feira na região. Os dois jovens estavam perto de um buraco aberto do muro da SuperVia.
Segundo o pai de Lucas, o carteiro André Luiz Marques, de 43 anos, o filho saiu de casa por volta das 17h30m de terça-feira e não voltou mais:
- Ele sempre voltava tarde ou dormia fora. Estava acostumado com isso. Ele tinha voltado para a escola agora e trabalhava como animador de festas.
O caso será investigado em conjunto pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e pela 53 DP (Mesquita).
O delegado adjunto da DHBF Breno Carnevale disse que ainda não é possível afirmar se houve um homicídio. Os corpos foram encaminhados para o IML de Nova Iguaçu.
Nota SuperVia
Na manhã de hoje (17/06), agentes da SuperVia registraram encontro de dois corpos próximos a uma passagem clandestina nas imediações da estação Mesquita (ramal Japeri). O Grupamento de Policiamento Ferroviária (GPFer) foi imediatamente acionado para providências necessárias. A circulação no ramal não foi afetada.
A SuperVia estima que existam até 180 passagens clandestinas ao longo da via. A concessionária monitora essas passagens abertas irregularmente na via e fecha, em média, quatro por mês. Ao fim do mesmo mês, três destas passagens irregulares são reabertas. Para mudar esse cenário, a SuperVia considera indispensável o isolamento completo da área restrita à circulação de trens e, por isso, apoia o projeto “Segurança da Via”, que está sendo negociado entre os Governos Federal e Estadual, cujo objetivo é realizar a segregação total da linha férrea, com a construção de muros, passarelas e viadutos.
via: Jornal Extra
Foto: Cléber Júnior
Por: Marina Navarro Lins