NOVA IGUAÇU - A família de um bebê recém-nascido culpa uma maternidade por erro médico na hora do parto. Jhonatan,de dois meses, nasceu com uma lesão entre o pescoço e o ombro direito. A mãe da criança, Jhennyfer Melo, disse que as sequelas foram resultados do parto mal-sucedido na maternidade Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
— Na hora do parto, eu fazia força e a médica dizia que não era suficiente. A equipe começou a rir de mim quando eu falei que não tinha mais forças. Eles retiraram o restante do corpo do meu filho e foi aí que se deu a lesão
Segundo a família, o laudo da maternidade, que confirmou a contusão, só ficou pronto quase dois meses depois do nascimento do bebê. A criança ficou internada por 10 dias na UTI Neo-Natal do hospital. A mãe da criança alega ainda que houve demora no atendimento.
De acordo com Jhennyfer, ela deu entrada no hospital por volta das 11h com fortes dores, mas o nascimento do filho dela só ocorreu às 21h30. A mãe não conseguiu chegar ao centro cirúgico e o parto normal aconteceu na sala de pós-parto.
— A médica me bateu e disse que eu teria parto normal e que eu não estava sentindo tantas dores. Depois, ela se virou para as pacientes e disse que eu estava assustando todas as mulheres que tiveram bebês aqui nessa sala.
Dias depois da alta, a família voltou à unidade para procurar sessões de fisioterapia para o recém-nascido, mas o profissional de plantão orientou que a mãe da criança procurasse outra unidade hospitalar. No Hospital Geral de Nova Iguaçu, o médico prescreveu a necessidade de fisioterapia com urgência, caso contrário, o bebê poderia perder o movimento do braço.
A dificuldade no tratamento para a lesão do filho fez Jhennyfer recorrer às redes sociais. Ela publicou um pedido de ajuda para conseguir atendimento para o filho. A postagem teve mais de sete mil compartilhamentos, e um médico neurocirurgião, sensibilizado com a história, assistiu Jhonathan em uma consulta.
A família também contou que por conta da repercussão na internet, eles conseguiram um aparelho para dar sustentação ao braço do bebê. No entanto, a procura por fisioterapia continua sem sucesso.
A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu disse que vai abrir uma sindicância para apurar a denúncia de negligência apontada pela mulher.
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Via R7
27/05/2015