NOVA IGUAÇU - Há quase um ano, uma família da Palhada, em Nova Iguaçu, vivencia diariamente o drama do desaparecimento de uma filha. Cristiane Oliveira da Silva, de 24 anos, está desaparecida desde o dia 1º de março de 2014, quando saiu para se divertir no Carnaval da Via Light, também em Nova Iguaçu.
A jovem é deficiente auditiva e possui deficiência na fala. Além disso, não sabe ler nem escrever e, por isso, a família acredita que ela não soube voltar para casa após o final da festa. “Ela sempre quis sair para curtir algumas festas e eu nunca deixei, dessa vez ela foi e não voltou”, disse a mãe Luzinete de Oliveira, de 43 anos.
O pai da jovem, o motorista Jorge Luiz Trindade, de 50, recebeu, ao longo desse tempo, informações de onde a filha poderia ter passado. “A primeira pista que tivemos foi em maio, contando que ela estava vagando por Jardim Gramacho, em Duque de Caxias. Trinta dias depois, me contaram que ela estava em Jacarepaguá, Zona Norte do Rio de Janeiro. E eu sempre ia até os locais colando cartazes na esperança de receber informações concretas”, contou Jorge. “Quando me contaram que ela estava em Jacarepaguá, rodei da Praça Seca até o Recreio atrás dela e nada”, complementou o pai de Cristiane.
A última informação que a família recebeu foi há cinco meses e dizia que a jovem estava vagando com mais duas pessoas em uma favela de Ramos, na Zona Norte do Rio. “Nos contaram que viram a minha filha vagando suja e descabelada com mais duas meninas na favela da Grota. Eu acredito que ela vá parar nesses lugares longes por não saber ler e pegar qualquer ônibus que passe. Ela não sabe voltar para casa”, supõem a mãe da jovem.
Sopro de esperança
A família chegou a cogitar que a filha estivesse morta por conta de um acidente que ocorreu na via férrea no Jacarezinho, Zona Norte do Rio. “Soubemos de um acidente em que um trem atropelou uma menina com as mesmas deficiências e com as características da minha filha. Chegamos lá não era ela”, contou o pai de Cristiane.
A busca dos pais da jovem chegou ao Instituto Médico Legal Félix Pacheco, lá os pais tiveram a confirmação que a filha ainda poderia estar com viva. “Fomos para o IML e o agente que nos atendeu fez uma busca no sistema da Polícia Civil do período entre janeiro a setembro do ano passado e não encontrou nada. Agora temos a esperança de encontrá-la viva”, disse Jorge Luiz.
Jorge e Luzinente de Oliveira oferecem a recompensa de R$ 1.000 a quem encontrar Cristiane. Qualquer informação sobre o paradeiro da jovem, mãe de uma menina de quatro anos, pode ser informado pelos telefones (21) 3794-4384 ou (21) 98824-3996.
Via: Jornal Hoje - O Diário da Baixada
Por: Raphael Vieira
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