NOTICIAS SOBRE A BAIXADA.

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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Justiça aceita denúncia contra acusado de morte de funkeira na Baixada Fluminense

A dançarina foi assassinada dentro da própria casa, na Baixada Fluminense 
Foto: Reprodução

BAIXADA - O juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público contra Milton Severiano Vieira, o Miltinho da Van, de 32 anos, pelo crime de homicídio qualificado contra a funkeira Cícera Alves de Sena, a Amanda de Bueno, de 29, no último dia 16. O magistrado ainda manteve a prisão preventiva do noivo da dançarina, alegando que, além de ter sido detido em flagrante, Miltinho se envolveu em um acidente durante a fuga, quando foram apreendidos com ele um carro roubado, armas, munição e um colete balístico.

Assassino de dançarina de funk foi preso ao capotar com o carro na Via Dutra 
Foto: Thiago Lontra

De acordo com a denúncia, por volta de 16h50min, segurou de “forma brutal” Amanda, batendo com sua cabeça no chão e depois atirou contra a funkeira. As imagens do crime, flagrado por uma câmera do circuito interno da casa do casal, demonstram a crueldade de Miltinho, segundo a promotora. A denúncia explica ainda que o homicídio foi cometido por motivo fútil, depois que uma discussão entre os dois em que a moça teria descoberto um relacionamento extraconjugal do noivo com outra mulher.


Como o EXTRA mostrou, três dias antes do crime, a dançarina disse ter duas revelações do seu passado para fazer ao companheiro. Durante a conversa, Amanda contou que havia trabalhado na boate de striptease Império e que fora condenada por tentar matar uma colega, dentro do estabelecimento, na cidade de Taguatinga, em Brasília. Com ciúmes, Miltinho chegou a ofender a noiva. Três dias depois, ele marcou um almoço com uma ex-namorada. Durante a refeição, em que também bebeu cerveja, o ex-casal fez fotos e vídeos, que foram enviados pela moça para Amanda. Ao voltar para casa, tiveram mais uma briga, por ciúmes de ambos e ele deu início as agressões.

Principal suspeito da morte é o marido da dançarina

Alexandre Guimarães ainda explica que é necessária a manutenção da prisão para evitar que Miltinho da Van pratique novos crimes, “com a ressalva de que o conceito de ordem pública não se limita a prevenir a reprodução de fatos criminosos, mas também a acautelar o meio social e a própria credibilidade da justiça em face da gravidade do crime e de sua intensa repercussão”. O juiz esclarece que “embora se saiba que a mera repercussão do fato não constitui motivo suficiente para a decretação de custódias cautelares, encontra-se plenamente justificada se o acusado é dotado de periculosidade manifesta ou quando denuncia na prática do crime perversão, cupidez, malvadez e insensibilidade moral”.
Via: Extra