Microempreendedora comemora o Dia Internacional da Mulher com crescimento e investimento na educação em Mesquita

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MESQUITA - Em uma época que ser mulher já era difícil, ser mulher e empreendedora era quase impossível. Há 25 anos o mercado empreendedor era tomado  pelos homens. Nesta história, uma  mulher de uma região carente de Mesquita, desenganada pelos médicos, driblou as dificuldades,  e fundou a Escola Sossego da Mamãe, que depois se trasnformaria no Centro Educacional Crescer. No começo, um estabelecimento voltado para educação, sem capital de investimento, começando do zero.

Elza Rodrigues, proprietária e diretora do Crescer Mesquita, é uma mulher forte, batalhadora e com o mesmo sonho de milhares de outras mulheres, ser independente e conseguir se manter a frente de uma sociedade machista.  

A Mineira veio para Mesquita aos quatro anos de idade. Elza, que tem formação de professores, não conseguiu concluir sua faculdade de pedagogia, o que não foi impedimento para criar seu próprio negócio. Começou a trabalhar aos 12 anos de idade e decidiu dar aulas após o médico dizer que ela não poderia mais esforço físico, nem em casa, nem no trabalho, devido a problemas sérios na coluna. A diretora então começou como explicadora e foi daí que decidiu criar sua própria escola.  

"Oferecer educação de qualidade na rede privada da Baixada Fluminense naquela época era muito difícil. Hoje em dia as pessoas investem mais em educação, há 25 anos isso não acontecia", destacou a diretora.  .

A empresária começou a investir no seu sonho muito cedo, com a ajuda da família e do marido, mas tudo era sempre com a sua palavra final. Elza teve três filhos, um deles, nasceu com uma deficiência intelectual que tirou um pouco do seu foco.  "Hoje, a educação para crianças com deficiência é tratada de uma forma normal, sempre eduquei minha filha de forma igual e independente. Recebemos neste ano letivo, uma criança com nanismo e estamos fazendo todas as adaptações possíveis, desde estrutura, como a metodologia pedagógica", afirmou. 

Este ano a diretora foi na contra mão da crise e investiu pesado na estrutura da escola, todas as salas são climatizadas, a educação infantil ganhou um novo espaço de salas de aula e recreativo, o pátio e a parte externa já contam com câmeras de segurança. Também investiram pesado em comunicação e marketing (mídias sociais), e todos os alunos ganharam seguro escolar, que é um atrativo para quem mantém as mensalidades em dia.. "Tive que arriscar para não perder alunos com essa crise. Precisei investir na estrutura e nos professores. Agora, priorizamos professores graduados ou em curso", destacou.

 O colégio atende crianças a partir dos 3 anos de idade, na Educação infantil e no Ensino Fundamental. Lá também é oferecido  aulas  de musicalização, de judô, aulas de balé, inglês e informática”,

Hoje, são 20 profissionais em atuação, na unidade da Rua Aurélia, no Centro de Mesquita, na Baixada Fluminense.