NOTICIAS SOBRE A BAIXADA.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Protesto contra morte de professor em Nova Iguaçu



NOVA IGUAÇU - Familiares, estudantes, professores e toda equipe da direção da Escola Técnica Estadual João Luiz do Nascimento, vinculada à FAETEC, realizaram na manhã de ontem, uma manifestação contra a falta de segurança que vive as redondezas da escola. O protesto foi em homenagem ao falecido professor de História, Miguel Ângelo Coutinho de Lemos, de 44 anos, que foi assassinado na noite do dia 13 de janeiro, no bairro Califórnia, próximo ao Centro de Nova Iguaçu.

Vestindo camisas com a foto de Miguel Ângelo, e com faixas nas mãos, manifestantes percorreram diversas ruas do Centro de Nova Iguaçu, gritando palavras de ordem como: “Educação sim, violência não”, com o intuito de chamar a atenção das autoridades para que tomem alguma providência.

Após sair da Escola que está situada na Rua Luiz de Lima, os manifestantes seguiram no fluxo do trânsito pela Rua Governador Portela, Professor Paris, Via Light, Coronel Francisco Soares, passaram pelo calçadão da cidade, até chegar ao local do crime no bairro Califórnia.

QUEREM SOLUÇÃO

O diretor da Escola João Luiz, que esteve à frente do protesto a todo o momento garantiu que se Miguel Ângelo estive vivo e o protesto fosse por outra pessoa, certamente ele estaria presente cobrando providências. “A unidade escolar está situada num quarteirão que compreende a Vila Olímpica, Colégio Municipal Monteiro Lobato, SENAC e o João Luiz, ou seja, milhares de estudantes passam por este quarteirão diariamente, e não disponibilizam uma viatura para fazer a segurança, não tem cabimento”, disse Pedro Willian.

Segundo o diretor, a comunidade escolar pretende fazer manifestações todas as semanas, inclusive parando a Via Light - importante via que liga Nova Iguaçu ao município do Rio -, até que autoridades o convoquem para conversas e tomadas de decisões. “Essa é a primeira manifestação de muitas, até que o problema seja resolvido”, finalizou o diretor Pedro Willian.

Um ex-aluno da escola identificado como Roger Almeida, de 18 anos disse que já foi assaltado no entorno da escola, quando ainda estudava por lá. Mesmo não estudando mais no João Luiz, Roger compareceu ao protesto em Homenagem ao ex-professor.

Assaltos são frequentes na região

Miguel Ângelo e Roger não foram as únicas vítimas da violência na região, segundo uma professora, muitas outras pessoas já passaram por situações não muito agradáveis, como a professora Andrea Santos, Jufá Esteves e Rose Ornelas.

Um dia após o assassinado do professor de história, a professora Rose foi vítima de sequestro relâmpago e ficou na mira de dois bandidos de 17 anos, até que o carro foi interceptado por uma viatura policial no bairro Rancho novo, próximo à via Dutra e os ladrões foram presos. De acordo com a professora, na ocasião, a dupla a obrigou a dirigir o veículo que era automático, até que se deparou com uma viatura policial. Com uma arma na cabeça dela, os marginais mandaram que ela não fizesse alarme, porém, felizmente um motoqueiro que passava na hora viu toda ação, avisou a polícia que prendeu os meliantes e a história não teve o mesmo fim trágico do professor Miguel. “Foi um livramento de Deus. Eu poderia estar nessas faixas também, mas graças a Deus, isso não aconteceu”, desabafou a professora.

Investigações em andamento

A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) é a responsável pelas investigações.

De acordo com Wellington Vieira, delegado titular, as investigações estão em andamento, mas por enquanto nenhum suspeito foi identificado.

O delegado informou ainda, que as testemunhas já foram ouvidas e as câmeras próximas já foram checadas. Não podem ser revelados muitos detalhes para não atrapalhar nas investigações.


Via Jornal Hora H
Por Erick Bello