NILÓPOLIS - Após quatro anos sem levantar a taça de campeã do Carnaval carioca, a festa pelo título da Beija-Flor não teve um sabor tão especial assim como era esperado.
A Azul e Branca de Nilópolis foi vaiada por parte dos cerca de 70 mil torcedores presentes, no Sambódromo, durante o desfile das campeãs que reuniu as seis escolas mais bem colocadas na madrugada de sábado para domingo. Já a Portela foi ovacionada pelo público com gritos de é campeã. Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense, Unidos da Tijuca e Grande Rio.
Embalada ainda pela polêmica do enredo sobre a Guiné Equatorial, em que teria recebido R$ 10 milhões do ditador Teodoro Nguema Obiang, a Beija-Flor recebeu suas primeiras vaias logo na abertura oficial dos desfiles. Já pouco antes de entrar na Avenida, a escola distribuiu cerca de 600 camisetas comemorativas para os torcedores do setor 1. A iniciativa deu certo e o local foi o único onde não foi vaiada, pelo contrário foi muito aplaudida. Quando entrou na Avenida, aplausos e vaias se misturaram. Alguns torcedores de escolas rivais foram para casa mais cedo.
“To nem aí! Tenho a certeza de que fizemos um trabalho maravilhoso. As vaias são intrigas da oposição. A Tijuca falou da Suíça, sem citar que é um grande paraíso fiscal para a roubalheira. A Portela sobre o Rio, mas não lembrou das balas perdidas, de hospitais sem leitos. Por que a Beija-Flor tinha que abordar a ditadura? Não se pode julgar a parte política e sim o que é apresentado na Avenida”, ressaltou o carnavalesco Fran Sérgio.
As vaias não serviram para o casal de Mestre Sala e Porta-Bandeira Selminha Sorriso e Claudinho que como sempre encantou e ganhou aplausos do público. O presidente de Honra da escola Anísio Abraão David mais uma vez participou do desfile.
Via O Dia