Aquífero pode ter sido contaminado com 100 mil litros de chorume Foto: Divulgação / Secretaria de Ambiente e Agronegócios de Seropédica
SEROPÉDICA - O Instituto Estadual do Ambiente do Rio anunciou que vai multar a empresa Ciclus, responsável pelo vazamento de 50 mil litros de chorume de um Centro de Tratamento de Resíduos em Seropédica, na Baixada Fluminense e que atingiu um córrego que passa na região. O valor da multa ainda não foi divulgado. Técnicos da secretaria de Meio Ambiente de Seropédica também estiveram no local e notificaram a empresa.
Como mostrou o RJTV, o acidente ocorreu cerca de seis anos após um dos diretores da empresa, Artur Oliveira, ter garantido que o aterro da cidade não traria riscos para a população.
"A gente tem segurança de que a obra, ao contrário, ela trará um benefício à população e a minimização dos problemas ambientais da região metropolitana", disse Oliveira em 2010.
Em 2011, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a obra era ambientalmente segura.
"Você tem aqui três camadas de proteção, você tem eletrodos que identificam se houve algum tipo de vazamento, que permite uma intervenção imediata", disse o prefeito na época.
Em 2012, o então secretário municipal de Conservação, Carlos Roberto Osório, defendeu os investimentos para a criação do Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica
"Você cometer um crime ambiental, jogar o lixo num local inadequado, durante 30 anos é muito mais barato. Isso custará aos cofres do município do Rio de Janeiro uma média de R$ 100 milhões a mais por ano, mas esse é um investimento na segurança ambiental e na sustentabilidade da nossa cidade e da nossa região metropolitana e é um investimento importante e que já há muito tempo deveria ter sido feito", disse.
O vazamento pode ter alcançado e contaminado o Aquífero Piranema que fica localizado a 180 quilômetros de profundidade. O reservatório fica entre o Oeste do Rio e os municípios de Queimados, Japeri, Seropédica e Itaguaí.
Nota divulgada pela empresa Ciclus disse que o vazamento ocorreu por causa de um corte de energia elétrica, e uma falha nos geradores, durante o transporte do chorume para o centro de tratamento. Segundo a empresa, ela cumpre todas as exigências impostas pela legislação ambiental.
Via: G1
24/02/2016